A revolução industrial veio determinar o ínicio do boom da destruição do sistema natural do nosso planeta, com construções desenfreadas, poluição, destruição de ecossistemas, tudo isto em prol do sistema económico.
O sistema económico é um sistema parasitário que existe dentro do sistema natural do nosso planeta, absorvendo vorazmente os seus recursos. É um sistema expansivo, mas o natural não o é. Se um está dentro do outro, o que acontecerá no futuro?
Será que um dia ambos se encontrarão numa relação simbiótica, em que o sistema natural disponibiliza os seus já reduzidos recursos, para que o económico crie e mantenha soluções para a preservação de ambos?
Penso que não devemos apoiar um tipo de construção que não vise um mínimo de auto-suficiência energética, mas também não é solução ir viver para o meio do monte numa comunidade de permacultura, longe dos olhares alheios, enquanto se critica a voracidade imperial capitalista.
Imagine-se que o que acontece é uma petrificação expansiva da natureza. Onde antes estariam umas dezenas de árvores e plantas, agora ergue-se uma torre de betão.E se tentássemos repetir esse processo, mas no vice-versa? Se fizéssemos expandir a natureza a partir do coração da cidade?
Mesmo nas grandes cidades existem sempre pequenos canteiros com terra e terrenos baldios. E se andássemos todos os dias com algumas sementes no bolso e as lançássemos à terra por onde fôssemos passando?
Construir um edifício é bem mais difícil do que plantar um pinheiro. Exige maquinaria, trabalhadores, arquitectos e uma porrada de dinheiro. Plantar uma árvore custa cêntimos, se comprarmos as sementes num supermercado, por exemplo. A Natureza, depois de plantarmos as sementes, arquitecta tudo sozinha e não nos pede nada em troca. E o melhor de tudo é que não exige burocracias